sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Na Boca da Noite Grande
Na boca da noite grande...
O silêncio se enternece
Uma cambona se aquece
No braseiro do fogão
Sinto brotar no rincão
Um cantar de "nazarenas"
E a noite fica pequena
Na grandeza de um galpão
Na boca da noite grande...
Hai vida pelas canhadas
Rumores das madrugadas
E romances em pelegos
Chinas que contam segredos
E peões quem morrem nos braços
Das que sofrenam mormaços
Nos golpes suaves dos dedos..
Refrão
Na boca da noite grande..
Fantasmas arrastam chilenas
Índios de barbas melenas
Chapéus de copa batida
Homens de outras vidas
Que habitam os galpões
Reacendendo fogões
Das madrugadas compridas..
Na boca da noite grande...
Relembram lidas e vidas
As chegadas e partidas
Potreadas e corredores
Velhos recuerdos de amores
Que por mais que o tempo passe
Se reacende e renasce
No canto dos pajadores..
Na boca da noite grande
As bruxas andam teatinas
Nos potreiros trançam crinas
Da cavalhada gaviona
A noite é uma temporona
E sempre será parceiro
Porque meu canto fronteiro
É pátria guitarra e cordeona
O silêncio se enternece
Uma cambona se aquece
No braseiro do fogão
Um cantar de "nazarenas"
E a noite fica pequena
Na grandeza de um galpão
Hai vida pelas canhadas
Rumores das madrugadas
E romances em pelegos
E peões quem morrem nos braços
Das que sofrenam mormaços
Nos golpes suaves dos dedos..
Na boca da noite grande..
Fantasmas arrastam chilenas
Índios de barbas melenas
Chapéus de copa batida
Que habitam os galpões
Reacendendo fogões
Das madrugadas compridas..
Na boca da noite grande...
Relembram lidas e vidas
As chegadas e partidas
Potreadas e corredores
Que por mais que o tempo passe
Se reacende e renasce
No canto dos pajadores..
As bruxas andam teatinas
Nos potreiros trançam crinas
Da cavalhada gaviona
E sempre será parceiro
Porque meu canto fronteiro
É pátria guitarra e cordeona
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